80% acreditam que a economia piorou em 2015, aponta SPC Brasil. 50,8% afirmam que tiveram que abrir mão de muitos itens de consumo.
A principal meta dos brasileiros para 2016 é sair do vermelho, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgada nesta terça-feira (5).
Segundo o levantamento, pagar todas as contas atrasadas é o principal projeto para o ano para 36,8% dos consumidores. Em seguida, as metas mais mencionadas são: fazer atividade física (34,3%), comprar e/ou trocar de carro (27,6%), perder peso (27,5%), além de reformar a casa (27,3%) e ter mais tempo para a proveitar a vida (26,4%).
A pesquisa, feita em todo o Brasil, mostra que 8 em cada 10 pessoas (79,6%) acreditam que as condições gerais da economia pioraram em 2015, na comparação com 2014. Já as expectativas em relação à 2016 estão divididas: para 3 em cada 10 entrevistados (31,1%), a situação será pior do que no ano passado, contra 37% que imaginam que será melhor.
Entre os consumidores que apostam numa piora, as principais consequências esperadas são a diminuição das compras (55,6%), a redução do consumo de produtos supérfluos (48,4%) e a maior dificuldade de economizar (45,4%).
Como medida para driblar a crise e ajustar o orçamento, 56,3% mencionam o plano de organizar as contas da casa. Na sequência, citam a intenção de evitar o uso do cartão de crédito (36,4%) e evitar comprar parcelado (33,8%).
Dos brasileiros que têm conta em atraso, 59,6% pretendem limpar o nome nos próximos 6 meses. Por outro lado, 38,1% fazem planos, mas não têm previsão de quando isso será possível.
O estudo indica que o valor médio de todas as dívidas dos consumidores inadimplentes, incluindo juros e multas, chega a R$ 11.472, embora 42,8% dos entrevistados não sabem quanto devem.
Maiores temores
Como maior temor, 56,9% responderam o risco de não conseguir pagar as dívidas, com percentuais maiores entre as mulheres (61,0%) e as pessoas com 50 anos ou mais (69,6%). A preocupação com o endividamento superou o temor de eventuais problemas de saúde (54,6%), e a possiblidade de ser vítima de violência e/ou assalto (35,2%) e até mesmo o medo de perder o emprego (25,7%).
Como maior temor, 56,9% responderam o risco de não conseguir pagar as dívidas, com percentuais maiores entre as mulheres (61,0%) e as pessoas com 50 anos ou mais (69,6%). A preocupação com o endividamento superou o temor de eventuais problemas de saúde (54,6%), e a possiblidade de ser vítima de violência e/ou assalto (35,2%) e até mesmo o medo de perder o emprego (25,7%).
Como em 2015, a corrupção foi apontada como o principal problema do país. Para 42,5% dos brasileiros, a corrupção é o problema mais importante do Brasil a ser resolvido em 2016, seguida da crise econômica, mencionada por 39,6%.
O SPC Brasil entrevistou 600 pessoas de ambos os sexos e acima de 18 anos, de todas as classes sociais em todas as regiões brasileiras, entre os dias 25 de novembor e 10 de dezembro.
Mudanças nos hábitos de consumo
O estudo do SPC Brasil mostra também que a piora na economia teve impacto direto no consumo das famílias, provocando um retrocesso frente às conquistas de anos anteriores.
O estudo do SPC Brasil mostra também que a piora na economia teve impacto direto no consumo das famílias, provocando um retrocesso frente às conquistas de anos anteriores.
Metade dos entrevistados (50,8%) afirmou que teve de abrir mão de muitos itens aos quais tinha acesso e comprava; 41,8% disseram ter ficado com as contas no vermelho durante meses en 2015; e 22,6% garante ter ficado com o nome sujo por não ter pago todas as contas.
Entre os consumidores que possuem contas atrasadas e estão com o nome sujo na praça, o vilão foi o cartão de crédito: 64,6% deixaram de pagar ao menos uma parcela
Com o dinheiro mais curto, 89,4% dos entrevistados tiveram que fazer ajustes no orçamento. Os itens que mais sofreram cortes foram o almoço, jantar e o lanche fora de casa (68,7%); os produtos supérfluos de supermercado (65,6%); produtos de vestuário, calçados e acessórios (60,3%); bares, casas noturnas e baladas (57,5%); cinema e teatro (53,3%); e viagens (52%).
Dentre as metas não alcançadas ao longo do ano passado, a mais citada pelos brasileiros foi a de fazer uma grande viagem (35%), seguido de não conseguirem poupar e fazer reserva de dinheiro (33%), comprar um carro (27,9%), reformar a casa (26,9%), adquirir a casa própria (20%), e conseguir perder peso (14,3%).
G1
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