São 20 mil toneladas: Produtos já começaram a ser enviados ao Porto do Pecém e irão embarcar para Itália e Turquia em agosto.
A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) deu mais um passo rumo ao início de
sua operação comercial plena, prevista para este semestre. Na manhã de ontem
(25), foi enviada a primeira placa de aço para o Porto do Pecém destinada à
exportação comercial. O produto faz parte de uma encomenda de 20 mil toneladas
de placas de aço, e os transportes para o terminal portuário irão continuar a partir
da próxima segundafeira (1º).
O embarque da carga, em direção à Turquia e
Itália, será realizado até o fim da primeira quinzena do próximo mês. Rodovia para a CSP só ficará pronta em 2017
A primeira carga comercial foi encomenda pela Dongkuk uma das sócias da CSP
e será transportada pela CE155, por meio de 16 carretas. Não foi especificado
para qual tipo de produto e qual fabricante irá receber as primeiras placas de aço.
As próximas exportações, que ainda estão sem datas definidas, serão destinadas
à Europa, Ásia, África e Estados Unidos. A segunda encomenda atenderá à
demanda de outra sócio da CSP, a sulcoreana Posco.
Produção
A Siderúrgica iniciou a produção de placas há pouco mais de um mês, no dia 20
de junho, e segue em fase de testes e ajustes.
O começo das atividades
aconteceu após a conclusão e o início das operações da aciaria, última planta do
empreendimento no processo produtivo.
Na fabricação do aço, a aciaria transforma ferrogusa em aço líquido. No fim desse
setor, há um segmento chamado de lingotamento contínuo, onde o líquido é
moldado e transformado em placas. Desde o começo da fabricações, em junho, a
CSP já produziu 68 mil toneladas do produto final.
Toda a produção será voltada aos sócios do empreendimento, (Vale, Dongkuk e
Posco), que serão responsáveis por definir os tipos de aço e a quantidades das
encomendas conforme suas respectivas necessidades. A produção será voltada
para a geração de produtos laminados para a indústria naval, de óleo & gás,
automotiva e construção civil.
A CSP afirma que adota "tecnologia de ponta" para a produção e fabrica cerca de
60% de aços de baixo e médio teor de carbono.
O restante é distribuído entre aços
HSLA, API, ultrabaixo e alto carbono. A Siderúrgica salienta que atender a padrões. Com relação aos impactos ambientais provocados pela produção, a CSP diz que
emprega tecnologias para garantir "a produção de aço com baixo teor de enxofre e
com redução de gases, principalmente de hidrogênio e nitrogênio".
A Siderúrgica diz ainda que investiu R$ 1 bilhão na aquisição de equipamentos e
processos voltados à preservação do meio ambiente. "As emissões atmosféricas
durante a operação serão até 50% menores do que os limites estabelecidos na
legislação ambiental brasileira. Estimase que 97% dos resíduos sólidos serão
reaproveitados, índice maior do que os 95% da siderurgia nacional", diz a CSP, em
nota.
Impactos
Nesta primeira fase, a CSP terá capacidade para produzir até 3 milhões de
toneladas de placas de aço por ano, gerando 2,8 mil empregos diretos, 1,2 mil
terceirizados e 12 mil indiretos. Durante a fase de construção, o empreendimento
empregou mais de 45 mil trabalhadores.
A Siderúrgica projeta que as atividades de produção gerem um incremento no
Produto Interno Bruto (PIB) Industrial do Estado de 48% e no PIB total do Ceará
em 12%.
Os impactos econômicos da operação da CSP, devem superar as atividades do
próprio empreendimento. As demandas geradas com a operação da Siderúrgica
têm potencial para atrair 100 empresas atuantes em nichos de mercado
especializados para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), que
devem totalizar aportes de R$ 3 bilhões nos próximos dez anos. A previsão foi
concedida pelo consultor empresarial Durval Vieira, que foi
contratado para auxiliar na implementação da siderúrgica.
O consultor projeta a instalação na área de empresas com atuação nos segmentos
de equipamentos de proteção individual, segurança do trabalho, treinamentos
especializados e pintura industrial.
Companhia Siderúrgica
Localizada na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará. Um investimento de US$ 5,4 bilhões, a CSP é uma jointventure entre a brasileira
Vale (50%), maior mineradora do mundo em minério de ferro, e as sulcoreanas
Dongkuk (30%), maior compradora global de placas de aço, e Posco (20%), quinta
maior siderúrgica do mundo.
Diário do Nordeste
Portal do Helvecio
0 comentários:
Postar um comentário