A nota, intitulada "Estudantes de Medicina Cearenses em defesa da Vida, da Ciência e do SUS", foi divulgada em resposta a um manifesto assinado por 219 médicos do Ceará em defesa de Jair Bolsonaro.
Grupo de estudantes de Medicina do Ceará já reuniu 829 assinaturas em um abaixo-assinado que defende, entre outros pontos, o regime de lockdown como forma de achatar a curva de contágio no Estado.
A nota, intitulada "Estudantes de Medicina Cearenses em defesa da Vida, da Ciência e do SUS", foi divulgada em resposta a um manifesto assinado por 219 médicos do Ceará em defesa de Jair Bolsonaro. Divulgado na semana passada, o documento dos profissionais defende o chamado “tratamento precoce” e diz que o presidente é vítima de “perseguição”.
A nota dos estudantes, por outro lado, afirma que o Governo Federal tem "boicotado" medidas como o distanciamento social e o uso de máscaras, promovido disseminação de notícias falsas e apoiado "tratamentos ineficazes" contra o vírus.
"Bolsonaro contraria a ciência, debocha do luto das pessoas, promove aglomerações e age contra a vacinação", diz a nota, que destaca ainda o número excessivo de mudanças no Ministério da Saúde no último ano. "Enquanto os profissionais de saúde lutam diariamente, dão seu sangue, suor e lágrimas, bolsonaristas promovem manifestações atacando o lockdown e as medidas restritivas".
Por fim, o documento defende medidas como uma política mais incisiva de vacinação da população, adoção de medidas como lockdowns, o pagamento do auxílio emergencial e o retorno das atividades estudantis apenas após certo patamar de imunização no País.
A nota tem texto de autoria dos estudantes Christopher Falcão Correia, Diogo Augusto de Araújo dos Santos e Luiza Karolayne Rocha Rodrigues, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e já foi assinada por 829 estudantes de universidades públicas e privadas.
Mobilização de médicos
Nos últimos dias, a classe médica cearense tem feito uma série de mobilizações em torno da questão. Divulgado com 219 assinaturas, o manifesto de médicos favoráveis a Bolsonaro já alcançou, segundo publicações dos organizadores nas redes sociais, mais de 500 assinaturas. Entre elas, está a do vice-reitor da UFC, Glauco Lobo.
Um movimento contrário, batizado de "Médicos Cearenses em defesa da vida, da ciência e do SUS", já coletou 1.113 assinaturas condenando postura do Governo Federal na pandemia. O documento exige inclusive a responsabilização do presidente pela atual escalada da pandemia no País.
OPOVO/PHM
0 comentários:
Postar um comentário