O documento com a informação de Cerveró faz parte do material apreendido no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso há quase dois meses sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava-Jato -na época, Delcídio era filiado ao PSDB. A informação foi revelada na edição de ontem do jornal "Valor Econômico".
Segundo Cerveró, ele soube do fato por meio dos diretores da PeCom e de Oscar Vicente, que presidia a empresa quando ela foi adquirida pela estatal brasileira, em 2002. "A venda da Perez Companq envolveu uma propina ao governo FHC de US$ 100 milhões, conforme informações dos diretores da Perez Companc e de Oscar Vicente, principal operador do (ex-presidente da Argentina Carlos) Menem e durante os primeiros anos de nossa gestão", diz o anexo 25 da delação do ex-diretor.
Ele afirma ainda que cada diretor da empresa argentina recebeu US$ 1 milhão como "prêmio pela venda da empresa", e Vicente foi recompensado com o montante de US$ 6 milhões.
Cerveró não aponta no documento os nomes dos integrantes do governo FHC que teriam se beneficiado da propina.
Em nota o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu Francisco Gros, presidente da Petrobras na época da aquisição da PeCom descrevendo-o como "pessoa de reputação ilibada e sem qualquer ligação politico- partidária".
Agencia Brasil
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