Material genético encontrado em evidências localizadas no local onde o prefeito de Nova
Olinda Francisco Ronaldo Sampaio (PDT) foi achado morto poderão ajudar a Polícia a
entender a causa da morte do gestor. Os vestígios de sangue e pelos foram percebidos no
cinto que estava em volta do pescoço do homem. Os materiais foram encaminhados para a
Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). A morte está sendo investigada e é tratada
pela Polícia como suicídio, mas os investigadores não descartam outras hipóteses.
Para a manhã de hoje, estão marcados dois depoimentos na Delegacia Regional do Crato,
que apura a morte. O primeiro, será da principal testemunha do caso, a chefe de gabinete
Maria da Conceição, que estava com Sampaio antes dele ser encontrado morto. O outro, de
um familiar do prefeito.
Francisco Ronaldo Sampaio foi encontrado morto na tarde da última quartafeira (27) na
Floresta Nacional do Araripe (Flona). No fim da tarde de ontem, o corpo do prefeito foi
sepultado na cidade onde o gestor nasceu, Antonina do Norte, distante aproximadamente
473Km da Capital. O velório teve início ainda na noite de quarta-feira, em Nova Olinda. O
corpo foi levado no começo da madrugada de quintafeira para a outra cidade, onde foi
sepultado após velório que durou todo o dia.
Mandado de prisão
Contra Ronaldo havia um mandado de prisão em aberto, de acordo com o Ministério Público
do Estado do Ceará (MPCE). Investigado por supostas ações irregulares como a
contratação da namorada como funcionária fantasma, além de contratos superfaturados de
compra de itens. Segundo o MP, o prefeito estaria "atrapalhando as investigações", fato este
que motivou o pedido de prisão.
O promotor de Justiça da Comarca de Nova Olinda, Daniel Lira, explicou que com o início
das investigações de irregularidades na Prefeitura, novas informações surgiram, que
levaram o MP a entrar com pedido de prisão contra o prefeito. "A partir de trabalhos do
Judiciário, MPCE e Câmara Municipal, começaram a ser levantadas situações de
improbidade e crimes na administração pública.
A partir disso, surgiram denunciantes. Tudo
foi capitalizado em um procedimento de investigação, resultando em ações contra o gestor.
Havia mandado de prisão contra ele, no Tribunal de Justiça (TJCE), a pedido da
Procuradoria de Justiça", disse.
Conforme Lira, o volume de informações obtidas pelos investigadores aumentou com o
afastamento de Ronaldo Sampaio das funções à frente da Prefeitura.
O gestor obteve,
através de liminares da Justiça, o direito a retornar ao cargo.
29/07/2016 Exames em evidências podem explicar morte "Havia licitações de compra de pneus nunca entregues, contas pessoais do prefeito pagas
pela administração pública, licitações irregulares e fraudulentas. Isso criou um clima de
pressão política muito forte. O processo se agigantou e hoje (ontem) o prefeito deveria ser
ouvido na Câmara dos Vereadores, mas em razão da fatalidade o processo se abreviou",
apontou.
Mais suspeitos
Os trabalhos que investigam as supostas ações criminosas ocorrendo na administração de
Nova Olinda, contudo, seguirão, de acordo com o promotor de Justiça Daniel Lira.
"Outras pessoas envolvidas no suposto esquema ainda permanecem investigadas. Temos
ações de improbidade e ação criminal no TJCE, com pedido de prisão, por ele estar
atrapalhando as investigações. O pedido foi encaminhado pela Procuradoria de Justiça dos
Crimes contra a Administração Pública (Procap) de Fortaleza há uns dois meses, em data
anterior à denúncia do procuradorgeral do Município", explicou Lira.
DN
Portal do Helvecio
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