Enquanto o novo coronavírus continua avançando no Brasil —a despeito dos planos de reabertura gradual das atividades econômicas, que já estão acontecendo em diversas cidades — o País recebeu uma boa notícia: fará parte dos testes clínicos da vacina desenvolvida pela universidade britânica de Oxford. A vacina, que já está fase 3 (são 4 no total), será utilizada em cinco mil voluntários saudáveis no Reino Unido e mais cinco mil por aqui.
Batizada de ChAdOx1 nCoV-19, a vacina utiliza um adenovírus de chimpanzé como uma espécie de "cavalo de Troia" que carrega parte do material genético da proteína que o coronavírus usa para infectar as células humanas. Apesar de não garantir prioridade na produção ou recebimento das doses caso a vacina seja aprovada, especialistas envolvidos na coordenação dos testes acreditam ser "um privilégio" para o País participar de algo que pode mudar a trajetória da pandemia —e, por que não, da história da ciência também.
De acordo com Sue Ann Costa Clemens, chefe do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena, pesquisadora do Crie (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e consultora sênior da Fundação Bill & Melinda Gates para o desenvolvimento de vacinas, e responsável por liderar a articulação para a vinda das doses ao Brasil, os testes devem começar logo: em 15 de junho.
Em entrevista exclusiva, Sue Ann lembra que o motivo pelo qual o Brasil foi um dos escolhidos para testes não é tão nobre: por aqui, a curva de crescimento dos casos ainda não baixou e, por isso, os resultados poderão ser mais assertivos do que na Europa, por exemplo, onde o número de casos já entrou em declínio na maior parte dos países.
Hidroxicloroquina: a polêmica continua
O assunto ainda continua rendendo. Após um artigo ser publicado na respeitada revista The Lancet constatando o aumento de risco de morte em pacientes com covid-19 que utilizaram a hidroxicloroquina, três autores da publicação decidiram retirar o estudo mencionando preocupações com a qualidade dos dados por trás dele. Eles afirmam que a Surgisphere, empresa que forneceu os dados, não iria transferir o conjunto completo de informações para uma análise independente e, por isso, não poderiam mais garantir a veracidade dos dados. O quarto autor do estudo, Sapan Desai, CEO da Surgisphere, se recusou a comentar sobre a retirada.
- Solidão na pandemia: nossa repórter Gabriela Ingrid mora sozinha e conta um pouco sobre como são os dias no isolamento. Ela também conversou com especialistas para entender como lidar com a solidão neste momento -- e como não pirar com ela.
- Chá de boldo alivia dor no estômago, sim! A bebida também ajuda na má digestão por conter boldina, um fitoterápico que auxilia na melhora de distúrbios digestivos leves. Mas atenção: o chá não cura nenhum tipo de doença. Portanto, se o problema persistir, procure um médico.
- Muito comum durante e após a gestação, a diástase é um afastamento incomum dos músculos abdominais e que pode gerar problemas de postura e dores nas costas. Com a ajuda de especialistas, dá para diagnosticar o problema e ainda fazer exercícios para reabilitar a musculatura.
VivaBem
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